A chamada para trabalhos encontra-se aberta até ao dia 15 de setembro de 2025.
A violência no espaço público constitui um fenómeno complexo que pode assumir diferentes formas, como confrontos interpessoais, crimes, conflitos políticos ou repressão estatal. Reflete dinâmicas específicas, sendo frequentemente associada a desigualdades, disputas por poder e formas de controle social. A forma como as forças de segurança estão presentes no espaço público continua a ser um tema de debate, pelo seu papel enquanto mediadoras entre a população e o Estado.
As instituições policiais são cruciais na manutenção da ordem pública e na garantia da segurança dos cidadãos. Enquanto entidades dinâmicas, evoluem acompanhando as transformações sociopolíticas do momento, sendo que as suas ações, métodos e legitimidade são constantemente moldados pelos contextos históricos, pelas perceções do público e da sociedade, e pelas exigências do Estado.
Em Portugal, durante o regime autoritário, as forças policiais constituíram o rosto mais visível da repressão estatal. Na transição democrática, procuraram redefinir o seu papel numa nova ordem política, deixando para trás os legados repressivos. Em contexto democrático, o uso da força tem sido um ponto recorrente de debate, levantando-se questões sobre o uso proporcional da força, a responsabilização e o equilíbrio entre a segurança e as liberdades civis.
Estudar a violência no espaço público passa também por compreender a relação entre a polícia, a sociedade, os cidadãos e as autoridades políticas, uma interação frequentemente pautada por tensões e contradições e até indefinições.
À semelhança as edições anteriores, o VII Congresso Internacional de História da(s) Polícia(s) adotará uma abordagem colaborativa, interdisciplinar e internacional, procurando refletir e debater sobre as perspetivas históricas e contemporâneas sobre o policiamento, a violência e o espaço público.
Todas as propostas de comunicação deverão ser submetidas até 15 de setembro de 2025, através do seguinte formulário.