O Laboratório de Ecologia e Ecotoxicologia de Solo centra a sua investigação na compreensão das interações dinâmicas no ecossistema solo, particularmente em sistemas agroflorestais. A área da Ecologia Terrestre concentra-se na avaliação das alterações na biodiversidade de organismos do solo, utilizando abordagens baseadas em características taxonómicas e funcionais, e explora os efeitos destas mudanças nos processos ecológicos do solo e na prestação de serviços dos ecossistemas. Destaca-se o impacto das mudanças no uso do solo, das alterações da paisagem e dos eventos climáticos extremos. A área da Ecotoxicologia Terrestre concentra-se na avaliação do risco ecológico de produtos fitofarmacêuticos para os organismos do solo e artrópodes auxiliares, muito alinhada com as necessidades de investigação de autoridades reguladoras como a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). Inclui o estudo dos efeitos combinados de eventos climáticos extremos e o uso de pesticidas nas comunidades do solo e no seu papel na prestação de serviços dos ecossistemas.
Áreas de estudo/atuação
-
- Avaliação de indicadores de saúde do solo: Avaliação taxonómica e molecular (metabarcoding – em colaboração com o ENGL) da diversidade de organismos do solo (microartrópodes e macrofauna) e avaliação de diversos parâmetros moleculares (estruturais e funcionais) em solos agrícolas, florestais e urbanos.
- Ecologia do solo: Estudo dos potenciais impactos de práticas de gestão do território (incluindo gestão agrícola e florestal, alterações na paisagem e utilização de produtos fitofarmacêuticos) na biodiversidade do solo e suas funções.
- Realização de ensaios ecotoxicológicos: Realização de ensaios letais e sub-letais com todas as espécies padronizadas (incluindo abelhas) na avaliação de risco para organismos de solo e artrópodes auxiliares utilizando normas ISO e OCDE. Inclui-se aqui também ensaios de semi-campo (Terrestrial Model Ecosystems).
- Desenvolvimento de ensaios ecotoxicológicos: Realização de ensaios com espécies não padronizadas e desenvolvimento de protocolos de ensaios com diferentes vias de exposição (ainda não padronizadas) para fauna de solo e artrópodes auxiliares.
- Avaliação de risco ambiental prospetivo: Análise de risco ambiental para substâncias ativas e produtos fitofarmacêuticos para organismos de solo e artrópodes auxiliares, seguindo normas europeias (DG Sante). Aqui inclui-se também a avaliação de risco de misturas em tanque ou de séries de aplicação em campo
- Avaliação de risco ambiental retrospetivo: Análise de risco ambiental de locais contaminados utilizando a metodologia Tríade da ISO (realização das atividades das 3 linhas de evidência – ecotoxicológica, ecológica e química – e respetivos cálculos de risco).